Os 1.400 turistas que ficaram presos próximo ao sítio arqueológico de Machu Picchu, no Peru, já foram resgatados, de acordo com o Ministério do Turismo do país. O trem de passageiros foi suspenso por causa de um protesto na região.
Patrimônio mundial da Unesco, a cidadela Inca de Machu Picchu fica no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, e é um dos pontos turísticos mais visitados do mundo.
Segundo a operadora de trens PeruRail, o problema começou no último domingo, quando até o transporte de emergência foi suspenso.
É que a rota na região montanhosa foi bloqueada por protestos.
A operadora informou que ofereceu assistência aos turistas e reembolsos de bilhetes.
Os últimos 679 visitantes, que permaneciam retidos em Machu Picchu desde domingo, foram evacuados para uma cidade vizinha.
A saída só foi possível por causa de uma trégua com os manifestantes, válida até esta quarta-feira (17).
A Defensoria Pública atuou como mediadora entre a comunidade camponesa local e uma empresa de turismo que atua na região.
Na terça-feira, o Ministro do Comércio Exterior e Turismo, do Peru, fez uma reunião por mais de cinco horas com autoridades locais, para anunciar uma nova via de acesso, na próxima semana, por ônibus, e garantir a retomada das atividades turísticas.
O Ministério do Interior também disse que vai aumentar o efetivo policial de 100 para 160 pessoas e reforçar a segurança.
A situação também gerou atritos públicos entre a Ministra do Comércio Exterior e Turismo, Desilú León, e o Governador de Cusco, região que dá acesso a Machu Picchu.
Werner Salcedo responsabilizou o governo central pela situação.
Mais de 60% da economia da região depende diretamente do turismo relacionado ao sítio histórico.
De acordo com a Defensoria, a paralisação dos trens afetou diretamente 900 empresas, incluindo hotéis, restaurantes, guias turísticos e artesãos, além de mais de 31 mil estabelecimentos.
Fonte: Agência Brasil