SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Kamala Harris, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (30) que não se candidatará ao governo da Califórnia, encerrando as especulações de que a democrata derrotada por Donald Trump na última eleição presidencial buscaria o cargo executivo em seu estado de origem.
“Pensei seriamente em pedir ao povo da Califórnia o privilégio de servir como governadora. Amo este estado, seu povo e sua promessa. É meu lar. Mas, após profunda reflexão, decidi que não me candidatarei a governadora nesta eleição”, disse ela em um comunicado.
Kamala explicou que a decisão não se trata de uma despedida da vida pública. “Por enquanto, minha liderança -e meu serviço público- não serão exercidos por meio de cargo eletivo. Estou ansiosa para voltar a ouvir o povo americano, ajudar a eleger democratas em todo o país que lutarão sem medo e compartilhar mais detalhes sobre meus próprios planos nos próximos meses”, afirmou.
A democrata já exerceu cargos eletivos na Califórnia, como procuradora do distrito de San Francisco, de 2004 a 2011, além de procuradora-geral do estado entre 2011 e 2017, e senadora entre 2017 e 2021, quando assumiu a Vice-Presidência o governo de Joe Biden.
Em 2024, após a desistência de Biden na corrida pela reeleição, a democrata se tornou a candidata do partido na disputa contra o republicano Donald Trump. Em campanha acirrada, o atual presidente derrotou Kamala com 49,9% dos votos, e 312 dos 538 delegados.
Kamala nasceu em 1964 em Oakland, cidade do outro lado da baía de San Francisco, filha de imigrantes que chegaram aos EUA por sua excelência acadêmica e se conheceram em meio aos protestos pelos direitos civis.
A mãe, Shyamala Gopalan, veio da Índia aos 19 anos, filha de uma família com recursos e trajetória de ativismo, para estudar biomedicina. O pai, Donald J. Harris , nasceu na Jamaica e consolidou-se em solo americano como professor e economista de inclinação à esquerda. Além da primogênita, o casal teve Maya, e pouco depois se separou.
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