Guerra tarifária
A guerra tarifária continua pautando a política internacional. Estados Unidos e Japão fecharam um acordo comercial que estabelece uma tarifa recíproca de 15% sobre os produtos de ambos os países. Os governantes das duas nações comemoraram o resultado das negociações.
Além da taxação recíproca de 15%, o acordo também inclui uma redução de 25% para 15% das tarifas sobre os automóveis japoneses, que representam mais de um quarto de todas as exportações do país asiático para os Estados Unidos.
O primeiro-ministro do Japão comemorou a decisão e ainda confirmou a disposição do governo em aumentar o investimento japonês nos Estados Unidos para um montante, sem precedentes, de US$ 1 trilhão.
Em uma publicação nas redes sociais, o presidente Donald Trump afirmou que o Japão investirá US$ 550 bilhões e que 90% dos lucros ficariam para os Estados Unidos.
Esse acordo também pode ajudar nas negociações entre o governo americano e a União Europeia. Segundo dois diplomatas que representam o bloco europeu, um acordo comercial estaria próximo de se concretizar. Isso resultaria em uma tarifa de 15% aplicada a produtos da União Europeia importados pelos Estados Unidos. Trump ainda não confirmou o trato.
Rússia x Ucrânia
Na Turquia, representantes da Rússia e da Ucrânia participam da terceira rodada de negociações na busca de um acordo para o fim da guerra entre os dois países. A Turquia espera que a conversa seja orientada para obter resultados concretos. A Ucrânia quer que a reunião prepare o terreno para que os presidentes russo e ucraniano, Vladimir Putin e o Volodimir Zelenski, fiquem um de frente para o outro.
Já o chefe da delegação da Rússia, Vladimir Medinsky, afirmou que, para essa reunião acontecer, é preciso, primeiro, definir bem as condições do acordo. O encontro deve ocorrer para concretizar o fim da guerra e não apenas para discutir.
Fome em Gaza
Na faixa de Gaza, a situação se agrava. Mais de 800 pessoas já morreram nas últimas semanas à procura de comida, principalmente nos ataques de soldados israelenses ocorridos próximos aos centros de distribuição de alimentos.
Enquanto a fome atinge a população palestina da região, 950 caminhões com ajuda humanitária estão presos na fronteira. De acordo com a agência de coordenação de ajuda militar de Israel, a entidade espera que as organizações internacionais que estão em Gaza coletem os suprimentos. O governo israelense culpa o Hamas pela escassez de comida e de outros itens essenciais na região.
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou hoje (23) que a população sofre justamente por causa do bloqueio à ajuda humanitária.
*Com informações da agência Reuters
Fonte: Agência Brasil