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Barroso defende atuação do STF na regulação das big techs em meio a pressão dos EUA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu, em discurso proferido nesta segunda-feira, 28, defendeu a decisão do Supremo de ampliar as responsabilidades das plataformas digitais sobre o conteúdo produzido por terceiros. No discurso, que ocorreu no International Society of Public Law (Icon.S), em Brasília, o ministro também afirmou que “mentir não pode ser uma estratégia política”. A declaração ocorre em meio a escalada de atritos entre o STF e o governo dos EUA.

Para o magistrado, a regulação adotada pelo STF foi “equilibrada, moderna não prejudica o modelo de negócios das plataformas digitais”. Ele reconhece que há questionamentos sobre o papel da Corte em estabelecer as diretrizes, mas se defende: “esperamos bastante tempo para ver se o Congresso legislaria sobre o tema, o que nunca aconteceu. Então tivemos que decidir”.

O julgamento, que foi finalizado no STF em 27 de junho, definiu que as big techs têm responsabilidade pelo conteúdo publicado por usuários na internet. Ficou definido, como regra geral, que as empresas respondem por crimes ou atos ilícitos e por contas falsas se não removerem esses conteúdos após notificação privada (extrajudicial).

Provocação com slogan de Trump

Durante o evento, Barroso afirmou que “devemos fazer mentir ser errado de novo”. A fala, enunciada em inglês (we should make lying wrong again), é uma referência ao lema do presidente estadunidense Donald Trump: “Make America Great Again (Faça América Grande de Novo)”.

Após a Corte impor medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), oito dos 11 ministros tiveram seus vistos revogados pelo governo americano, o que os impede de acessar os Estados Unidos.

Antes de aplicar sanções individuais contra os ministros, o líder dos EUA já tinha demonstrado descontentamento com decisões do STF. Na carta que comunicou a taxação de 50% sobre os produtos nacionais, Donald Trump definiu como “ordens de censura secretas e ilegais” os pedidos da Corte para remoção de conteúdo em redes sociais.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou neste mês as alegações finais contra Bolsonaro e outros sete réus apontados como integrantes do núcleo central de trama golpista para mantê-lo no poder após a eleição de Lula (PT) em 2022. A peça foi encaminhada ao STF

Folhapress | 06:05 – 29/07/2025

Fonte

US News
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