O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, o argentino Rafael Mariano Grossi, disse que não há provas que confirmem que o Irã está construindo uma bomba atômica.
Em entrevista para CNN dos Estados Unidos, na terça-feira (17), a autoridade não soube estabelecer quanto tempo levaria para que o Irã pudesse construir uma bomba.
Mas Rafael Grossi afirmou que não há como saber se o país persa desenvolve atividades nucleares de forma clandestina.
O comentário foi criticado pelo Irã, que acusa a direção da Agência Internacional de Energia Atômica de manipular as resoluções aprovadas para justificar a agressão de Israel e os Estados Unidos contra Teerã.
A resolução da Agência, publicada na véspera do ataque israelense ao Irã, indicava preocupação de que Teerã pudesse enriquecer urânio acima do limite de 60%. Para se construir uma arma nuclear, é preciso que o enriquecimento do metal radioativo chegue a 90%.
Pelas redes sociais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaiel Baqaei, disse que Grossi manchou o trabalho da Agência Internacional e prejudicou os países signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Israel é único país do oriente médio que não aderiu ao Tratado de Não proliferação e não tem seu arsenal inspecionado pela comunidade internacional. Seu arsenal nuclear é estimado em mais de 90 bombas.
O Irã nega que busca desenvolver armas nucleares e sustenta que seu programa é pacífico. Até a última semana, o país negociava com os Estados Unidos limitações do desenvolvimento da tecnologia nuclear para a suspensão de embargos econômicos.
*Com reportagem de Lucas Por Deus Leon, da Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil