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Reforma Tributária: mudanças começam em janeiro de 2026. O que as empresas devem fazer?

Novas regras entram em vigor e exigem adequações imediatas na gestão fiscal e operacional das empresas brasileiras

A contagem regressiva para a entrada em vigor da Reforma Tributária já começou. A partir de 1º de janeiro de 2026, as primeiras medidas de transição passam a valer, impactando diretamente a emissão de documentos fiscais pelas empresas. Diante desse novo cenário, a Athros Auditoria e Consultoria, referência nacional em governança e gestão tributária, alerta para a necessidade de planejamento antecipado e apresenta um manual prático de orientações para empresários de todos os portes.

Estima-se que mais de 20 milhões de empresas formais no Brasil, considerando micro, pequenas, médias e grandes, serão direta ou indiretamente afetadas pelas novas regras que entram em vigor em 1º de janeiro de 2026. Dados recentes do Sebrae apontam que quase 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas.

As organizações que não se prepararem correm risco de sofrer penalizações em compliance, ter impacto no momento de aproveitamento de créditos tributários, potenciais impactos no fluxo de caixa, ter problemas na emissão de notas fiscais ou ainda ter que absorver custos adicionais decorrentes de reajustes de preços ou de fornecedores. A adequação antecipada deixa de ser opcional, passa a ser condição de continuidade competitiva.

Segundo Douglas Rogério Campanini, sócio-diretor da área de Consultoria em Tributos Indiretos da Athros, um dos principais especialistas do país em Reforma Tributária, o primeiro passo é entender que o novo modelo mudará a lógica de funcionamento do sistema atual. “Estamos deixando um modelo fragmentado e muitas vezes cumulativo para adotar um sistema de base ampla e não cumulativa. Isso exigirá das empresas uma revisão completa de processos internos, contratos e sistemas de gestão. Quem não se antecipar pode enfrentar sérios problemas de compliance e de fluxo de caixa”, explica Campanini.

 Principais orientações da Athros para as empresas:

1. Reavaliar a estrutura tributária e operacional
Com a criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), operações hoje não tributadas pelo ICMS e ISS — como locações— serão tributadas. A recomendação é mapear todas as atividades que possam sofrer novas incidências.

2. Revisar contratos e relacionamento com fornecedores
Como o crédito do tributo passa a estar vinculado a efetiva liquidação do mesmo, será essencial monitorar a saúde financeira dos fornecedores e renegociar prazos e condições contratuais.

3. Investir em tecnologia e integração de sistemas
Durante o período de transição, empresas terão de lidar com dois sistemas tributários em paralelo e, já no ano de 2026, emitir documentos fiscais com os dados dos novos tributos. Sistemas contábeis e ERPs precisarão ser atualizados para garantir informações corretas e evitar inconsistências.

4. Capacitar as equipes internas
Campanini destaca que a Reforma Tributária não é um tema apenas da área fiscal. Departamentos de compras, vendas, contabilidade, jurídico, RH e logística devem compreender os impactos para ajustar suas rotinas operacionais.

5. Criar um comitê interno de transição

“Um comitê multidisciplinar é fundamental para acompanhar a regulamentação, mapear riscos e garantir que cada área da empresa esteja alinhada com as novas exigências”, orienta o executivo.

6. Reavaliar preços e margens
O fim dos incentivos fiscais estaduais e a tributação no destino afetarão diretamente o custo de insumos e a precificação dos produtos. Antecipar simulações financeiras pode evitar perdas competitivas.

 A urgência da preparação

“A transição tributária será longa, mas os impactos começam já em 2026. As empresas que deixarem para agir depois estarão correndo atrás do prejuízo. É hora de diagnosticar, planejar e agir com base técnica”, reforça Campanini.

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