CEO e fundador do grupo amzmp, Bruno Carvalho dos Santos reflete sobre como as diferentes “frequências da alma” da bondade à maldade, moldam lideranças, relações e a forma como convivemos
O arco-íris hoje é um símbolo de diversidade. Representa a beleza das diferenças, a convivência das cores, a harmonia entre tons que jamais seriam os mesmos se estivessem isolados.
Mas, olhando mais fundo, ele é também uma metáfora poderosa sobre as frequências humanas e sobre a forma como cada pessoa escolhe vibrar no mundo.
A luz branca é uma só. É energia pura. Quando atravessa a atmosfera, se decompõe em sete cores visíveis. Ainda assim, a maior parte do espectro luminoso é invisível aos nossos olhos: o infravermelho e o ultravioleta também estão ali, mesmo que não os vejamos.
E é exatamente assim com as pessoas.
Vivemos todos no mesmo planeta, mas em frequências diferentes.
Há quem viva em vibrações mais densas, movido por medo, inveja ou raiva, o infravermelho humano, o espectro da maldade e do instinto.
Há também quem viva em vibrações elevadas generosidade, empatia e amor, o ultravioleta da alma, invisível aos olhos, mas perceptível no impacto que causa.
E entre esses extremos, convivemos no campo da luz visível: o cotidiano onde nos encontramos, trabalhamos, discutimos, criamos, erramos e tentamos acertar.
A maldade e a bondade não são polos absolutos, mas faixas de energia dentro do mesmo espectro.
A maldade, densa e próxima ao infravermelho, consome, aquece demais, queima e destrói.
A bondade, próxima ao ultravioleta, vibra em frequência tão alta que muitas vezes passa despercebida, mas transforma tudo o que toca.
Ambas fazem parte da natureza humana. O que muda é em qual frequência escolhemos permanecer.
E essa escolha é diária.
Quando um líder opta por orientar, treinar e desenvolver pessoas em vez de apenas cobrar ele está ajustando a frequência do ambiente para uma vibração mais alta.
Quando um pai ou mãe educa com amor e presença, não apenas com regras, também está iluminando o lar com uma luz mais pura.
A liderança e a paternidade, no fundo, são a mesma missão em faixas diferentes do mesmo espectro: ensinar, inspirar e multiplicar o que há de melhor em cada um.
O arco-íris, então, deixa de ser apenas um fenômeno bonito no céu.
Ele passa a ser um lembrete de que a humanidade é uma composição de frequências, algumas visíveis, outras não. E que cada gesto, cada palavra, cada escolha que fazemos altera a cor da nossa própria luz.
Vivemos tempos em que é fácil criticar, julgar e se afastar das diferenças.
Mas talvez o verdadeiro desafio seja justamente o contrário: compreender que todas as cores têm o direito de coexistir, e que o equilíbrio só acontece quando o espectro é completo.
Afinal, o ser humano é um prisma.
Reflete o que recebe.
Se vem luz, espalha cor.
Se vem escuridão, absorve e apaga.
E cabe a cada um de nós decidir que tipo de luz vai deixar passar.

Sobre Bruno Carvalho:
Bruno Carvalho dos Santos é CEO e fundador do grupo amzmp, conglomerado brasileiro de marketing e tecnologia criativa com atuação no Brasil, Estados Unidos e América Latina. É também palestrante, jurado de prêmios de marketing e articulista sobre liderança, propósito e comportamento humano.
